“Deixa a vida me levar” (Zeca Pagodinho)
· Da próxima vez que estiver com uma pessoa especial – marido, filho, pai, mãe, irmã, amiga – dedique seu tempo a ela, exclusivamente. Não permita que preocupações e outras demandas atrapalhem a qualidade da relação.
· Falando em pessoa, a mais importante é você. Não se agrida com tantas cobranças porque isso não faz diferença na forma com que os outros te vêem. Aprendi essa lição a duras penas. Na tentativa de ser aceita pelo grupo e admirada profissionalmente, destruí minha paz interior, afastei pessoas queridas e quase adoeci. Depois de sacrificar a mim mesma em nome da eficiência, descobri que quase virei uma caricatura. Para retomar minha essência, mudei o foco: o que importa não é o que os outros pensam sobre mim, mas a imagem que eu tenho do meu próprio ser.
· Permita-se. Não se culpe em gastar no salão de beleza ou comprando no shopping, mas não supervalorize o dinheiro a ponto de depositar nele a sua felicidade. Afinal, de você estivesse perdido numa ilha de nada adiantaria sacos de notas de dólares – seriam somente pedaços de papel que serviriam, no máximo, para iniciar uma fogueira. Não negue pequenos mimos do dia-a-dia a si próprio.
· Também não seja avarento em relação aos sentimentos. Prefira ser generoso nos beijos, abraços, ternura. Ouça mais, fale menos. Escancare seu amor, não o esconda! Trate com carinho todos que passarem pela sua vida, afinal há tantos carentes no mundo! Elogie, espalhe paixão.
· Jamais opte por medicamentos, em especial os que causam dependência, sem que seja absolutamente necessário e com prescrição de um médico de confiança. Para acalmar, um chá de camomila traz conforto. Um incenso de lavanda, uma volta no quarteirão ou, quando possível, um banho morno são formas simples de relaxar. Quando a TPM chegar às alturas, seja complacente: entre perder um dia de trabalho e agredir colegas injustamente, fique com o pijama.
· Raiva, muitas vezes, é excesso de energia estagnada. Canalize-a para uma atividade física. Se não tem tempo (nem gosto) para academia, faça dança, lutas marciais ou qualquer outro exercício, só não fique parado. A mais básica de todas as atividades – andar – é um santo remédio para acalmar os ânimos.
· Assuma: você não é a Mulher-maravilha ou o Super-homem, nem tem poderes sobrenaturais. Você é alguém de carne e osso, com um pouco de gordura (e daí?), que tem todo direito de errar, ter medo, se sentir frágil e acordar de mau humor. A perfeição não existe. Eu tentei por muito tempo dar conta de todas as demandas e cumpri-las da minha melhor forma. Caí em mim quando conclui: “Quem disse que a minha melhor forma é a forma ideal?”. Deixe o orgulho de lado. Peça ajuda, delegue.
· Confie nas pessoas. Como ninguém é insubstituível, isso vale tanto na família quanto no ambiente de trabalho. Quando você estiver de férias, alguém fará sua tarefa; de uma forma diferente, mas não menos eficaz ou – desculpe se doer – até melhor. Conscientize-se disso e relaxe.
· Dê autonomia a elas. Seu filho adolescente vai quebrar alguns pratos até aprender a lavar louça, pode se perder até conseguir chegar ao seu destino de ônibus, mas é assim que ele aprenderá a andar com as próprias pernas. Essa, talvez, tenha sido a minha lição mais difícil: deixar de proteger meus filhos e fazer tudo por eles. Demorei e, confesso, ainda tenho umas recaídas, mas procuro confiar mais e deixá-los viver suas próprias experiências.
· Cuide-se bem. Hora do almoço, o nome já diz, não é hora do sanduíche de frente para o computador. É o momento de parar para desfrutar de uma alimentação equilibrada e revigorante, de preferência ao lado de pessoas agradáveis e num ambiente legal. Valorize as principais refeições do dia, seja almoço, jantar ou café da manhã. Lembre-se: esqueça a fast food; pratique slow food.
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