“Todo chato é bonzinho,
nunca nos faz nenhum mal.
Todo chato é calminho,
como se faltasse sal.
(...) Diz que inventou uma música
e toca as seiscentas que fez.
E quando você abre a boca e boceja
ele toca tudinho outra vez”
(O Chato, Oswaldo Montenegro)
Sabe aquela tia que sempre que te encontra na fila do supermercado pergunta quando você vai visitá-la? Basta ela apontar no caixa e a tua resposta está na ponta da língua: “Ando sem tempo”. Falta de tempo virou a desculpa perfeita para afastar os chatos e ao mesmo tempo parecer legal, ou melhor, ocupadíssima... Tem coisa melhor? É justificativa para não ter acabado de ler aquele livro-porre que você pagou uma nota ou um primo te emprestou sem você ter pedido, para deixar na gaveta aquele projeto antigo, não comparecer ao almoço de família, e por aí vai.
Até que um dia você se pega acreditando nas próprias palavras e se convence de que não tem tempo para nada. Essa é a armadilha da falta de tempo. Vira hábito. Um péssimo hábito.
Para evitar, afaste os chatos com gentileza, mas com verdade. Diga para aquela vizinha que você não quer ir a casa dela aprender a fazer bolo de abobrinha porque culinária definitivamente não é seu forte. Diga para a tia que, bem, que... No Natal você aparece. Encare o projeto que se arrasta há anos e decida se faz ou não: procrastinação deveria ser crime. Confesse para si mesma que detestou aquele livro e dê para alguém. Rasgue a dieta dos pontos. Admita que não quer ir à academia. Liberte-se! Diga “não”. É seu direito constitucional.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirÔOOOOOOOooooooo mulher-urgente, apressada..nao tô dando conta de ler todos teus posts..uau...mais devagar...rs...
ResponderExcluir(removi a anterior porque continha erros).
Bjao!